09 | 10 | 2024
Power skills: competências do...
A tecnologia está cada vez mais presente nas nossas vidas e as novas gerações tendem a ter mais afinidade com os usos dos diversos dispositivos lançados todos os anos. No entanto, é importante observar o tempo de tela vivenciado pelas crianças e adolescentes, porque ele pode influenciar no seu desenvolvimento.
Na prática, o excesso pode trazer algumas consequências negativas, exigindo atenção dos pais para evitar que elas se concretizem. Nesse sentido, entender mais sobre o panorama da utilização da tecnologia por crianças, as recomendações a respeito do tempo de uso por idade e os impactos que isso traz se torna fundamental.
Pensando nisso, desenvolvemos este conteúdo para esclarecer todos esses temas e mostrar qual é o tempo de tela por idade recomendado por entidades da área da saúde. Confira!
Para entender a relevância do tema, vale a pena conferir um panorama sobre o uso de smartphones e tablets por crianças. Afinal, quando se fala em tempo de tela, eles são os principais dispositivos utilizados, já que permitem acessar vídeos e jogos diversos.
Conforme a pesquisa “Crianças Digitais”, realizada pela Kaspersky em parceria com CORP, 73% das crianças do Brasil ganham o primeiro smartphone ou tablet antes dos 10 anos. Além disso, 49% delas utilizam esses dispositivos pela primeira vez antes dos 6 anos. O estudo foi feito com famílias das classes A, B e C com filhos de até 18 anos em 6 países:
Ainda sobre o Brasil, a pesquisa identificou que 56% das crianças possuem algum perfil nas redes sociais, como Instagram, YouTube, WhatsApp, etc. No entanto, 15% dos pais afirmaram que não têm controle sobre as informações compartilhadas pelos filhos.
E qual seria a finalidade no uso dos dispositivos? A pesquisa identificou que, no Brasil, 69% dos pais justificaram como “diversão”, sendo que a educação foi citada por apenas 33% e a comunicação por 9%.
Outro dado relevante trata do tempo de tela: entre os brasileiros, 18% das crianças passam mais de 4 horas do dia conectadas à internet. Isso evidencia a relevância do tema, já que a tecnologia tem uma grande presença na vida dos filhos desde os primeiros anos e pode ocupar uma parcela maior do dia.
Como o tema é de suma importância para a saúde e o desenvolvimento das crianças, diversas entidades ligadas à medicina efetuaram estudos e, a partir disso, trouxeram recomendações a respeito do tempo de tela em cada faixa etária. Veja mais detalhes!
A Academia Americana de Pediatria (AAP) desenvolveu diversas ferramentas online de suporte às famílias e cuidadores de crianças para auxiliar na gestão do acesso à mídia pelos filhos. Inclusive, a entidade pontua a importância de se trabalhar um planejamento, trazendo limites e estipulando regras a serem aplicadas.
Vale destacar que a AAP também recomenda que sejam priorizadas as brincadeiras criativas, sem uso de telas e internet para as crianças menores. A partir dos 18 meses de idade, existem alternativas que podem ter valor educacional. No caso, a sugestão é que o tempo de tela seja focado na alta qualidade.
Depois, durante a idade escolar de crianças e adolescentes, é preciso manter o equilíbrio do uso da mídia com outros hábitos saudáveis, como prática de exercícios, estudos e interações sociais. Confira o tempo de tela indicado para cada idade:
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também elaborou estudos sobre o tema, divulgando orientações voltadas ao uso menor de telas pelas crianças. O principal foco da recomendação é evitar transtornos de saúde mental e problemas comportamentais, como a dependência digital. Em relação ao tempo de exposição, a entidade pontuou os seguintes termos:
A Organização Mundial de Saúde (OMS) foi outra entidade que definiu recomendações sobre o tema, baseados em estudos a respeito dos efeitos das telas nas crianças e adolescentes. Entenda os parâmetros apresentados pela entidade:
Porém, todas as entidades também listam algumas boas práticas, como encerrar o tempo de tela cerca de duas horas antes de dormir e não evitar a exposição durante refeições e outras atividades. Como foi possível notar, não há um consenso absoluto sobre os tempos, mas a limitação da exposição é essencial.
Para entender melhor a importância de ter controle em relação ao tempo de uso de tela, é interessante ter em mente as consequências do uso abusivo da tecnologia pelas crianças. Afinal, embora ela possa trazer benefícios, inclusive como aliada do aprendizado, os excessos podem ser prejudiciais.
Confira os principais problemas que podem ser desencadeados pela exposição em excesso às telas e outras tecnologias:
Estudos a respeito da exposição de crianças e adolescentes às telas identificaram que os excessos podem desencadear transtornos mentais como a ansiedade e a depressão. Por exemplo, adolescentes com mais de 7 horas por dia nas telas tinham mais probabilidade de desenvolver distúrbios em comparação a quem tinha exposição de apenas uma hora.
O uso excessivo da tecnologia afeta o sono ao estimular a criança ou o adolescente a passarem mais horas em frente a tela para ter a diversão desejada. O mesmo pode acontecer com a alimentação, que tende a ser deixada de lado enquanto os filhos estão entretidos com jogos ou programas.
A irritabilidade é outro sintoma comum, que surge por diferentes motivos: dores de cabeça, vista cansada ou reflexo de ações necessárias, como o pedido para deixar de utilizar o aparelho. Ela também pode ser consequência dos transtornos de sono e alimentação, que afetam a saúde e o bem-estar físico das crianças e adolescentes.
Outro problema comum é a queda no rendimento escolar. Ela pode acontecer por diversos motivos, como reflexo dos problemas de sono. Porém, também é possível que as crianças e adolescentes deixem de dedicar o tempo necessário aos estudos enquanto passam mais tempo diante das telas.
Inclusive, existem situações em que o uso de aparelhos eletrônicos acontece no próprio colégio, desviando a atenção das aulas. Por isso, é fundamental ter regras bem estabelecidas e manter um controle sobre a utilização dos dispositivos.
Também é possível que o excesso no uso da tecnologia prejudique as relações sociais. Ao manter o foco no celular, por exemplo, os filhos podem deixar de interagir com os pais e amigos em diferentes situações, criando uma situação de isolamento sem perceber.
A tendência de criar relacionamentos e contatos apenas virtuais costumam desencadear dificuldades para a interação social pessoal. Isso pode refletir em problemas para se comunicar corretamente, se expressar e gerar outras consequências no comportamento e na rotina da criança.
No entanto, lembre-se de que é possível controlar esses fatores observando limites para o tempo de tela e estimulando outras atividades saudáveis. O cuidado com as horas de sono também é fundamental para auxiliar no melhor desenvolvimento infantil. Dessa forma, é possível utilizar a tecnologia na rotina de maneira mais positiva.
Como você aprendeu, o controle sobre o tempo de tela das crianças e adolescentes é relevante para a saúde e o desenvolvimento dos seus filhos. Portanto, considere estabelecer regras e manter uma rotina que evite o uso excessivo da tecnologia.
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