09 | 10 | 2024
Power skills: competências do...
Você já teve a sensação de não conseguir controlar suas próprias emoções diante de alguma situação na escola? É provável que sua resposta seja sim, porque a maioria das pessoas já passou por isso. Casos como esse demonstram a importância das habilidades socioemocionais.
Elas ajudam a evitar a insegurança emocional e aumentar a inteligência diante de situações inesperadas e estressantes. Ao mesmo tempo, permitem que você se prepare para enfrentar diferentes problemas. Assim, torna-se capaz de ultrapassar os desafios e ter uma experiência de aprendizagem ainda mais enriquecedora.
Esses fatores justificam porque é importante investir no desenvolvimento dessas habilidades. Afinal, elas são fundamentais no processo de formação integral dos estudantes — inclusive, são uma exigência legal da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Neste post, vamos explicar o que são essas habilidades, quais são elas e os benefícios de desenvolvê-las. Continue lendo!
As habilidades socioemocionais são um conjunto de aptidões necessárias para que a pessoa consiga controlar suas emoções. Ao desenvolvê-las, é possível se tornar um ser humano mais completo e capaz de se relacionar com outros indivíduos.
Por isso, essas habilidades são influenciadoras dos sentimentos, dos pensamentos, das emoções, das decisões e das ações perante diferentes fatos. Ou seja, elas ultrapassam a dimensão cognitiva e têm relação com os aspectos emocional e psicológico.
Apesar de não serem natas, essas capacidades podem ser desenvolvidas por meio do autoconhecimento e da autorregulação. Assim, com o entendimento e a administração de emoções e sentimentos, é possível reconhecer seus limites e potencialidades. Ao mesmo tempo, você consegue lidar melhor com:
Além disso, você consegue lidar melhor com o próximo e ter mais empatia nas relações. Sem contar que aprende a trabalhar em equipe. Tudo isso é derivado da conquista de atitudes e habilidades necessárias para o respeito às diferenças e a atuação positiva.
A BNCC prevê a valorização de competências e habilidades socioemocionais. Segundo o documento, todas as escolas devem incluí-las nos seus currículos, a fim de assegurar um processo de formação integral dos estudantes.
Portanto, o objetivo é que a formação do aluno ultrapasse as práticas pedagógicas e abranja as dimensões social e emocional. Isso é importante, porque a escola é um ambiente plural e repleto de diversidade.
Diante desse cenário, é fundamental que esse espaço ofereça um estímulo individual e coletivo com foco no desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais. Isso depende da atuação de professores, orientadores, gestores e outros agentes participantes da comunidade escolar.
Como? O primeiro passo é fazer com que as práticas pedagógicas trabalhem o desenvolvimento intelectual e o socioemocional em conjunto. Ou seja, a escola precisa fazer com que essas habilidades estejam alinhadas ao Projeto Político-Pedagógico (PPP).
Dessa forma, é possível trabalhar todo o ser humano desde o desenvolvimento infantil por meio de atividades próprias para a idade. Ao atingir esse propósito, o aluno consegue:
Portanto, essas habilidades permitem que o estudante aproveite mais o seu período escolar. Ele também se torna responsável por seu processo de ensino-aprendizagem, tendo um papel central e ativo.
A proposta pedagógica da escola deve trabalhar diferentes vieses para que haja qualidade de ensino. Dentro desse aspecto, é fundamental ir além da alfabetização infantil ou das regras de matemática. Também é importante incentivar o desenvolvimento das habilidades socioemocionais.
Para que isso aconteça, é necessário saber quais são elas. A seguir, tratamos das principais.
O objetivo é que o aluno perceba que ninguém está sozinho e que todos precisam uns dos outros para melhorar a sociedade. Isso também ajuda a melhorar os resultados de trabalhos em equipe. Sem contar que aumenta a percepção de que é importante focar a caridade e a cooperação entre todos em prol de um objetivo comum.
Consiste em saber se expressar em todas as situações apresentadas. Essa habilidade passa, especialmente, pelo uso da comunicação não-violenta. Dessa forma, é possível criar um ambiente mais saudável para si mesmo e para os outros.
É uma habilidade socioemocional essencial para estabelecer relações mais produtivas e dinâmicas. Essa também é uma forma de sair da zona de conforto e descobrir como lidar com os obstáculos que aparecerem pelo caminho. Assim, em vez de exigir determinadas ferramentas, consegue-se criá-las ou desenvolvê-las a partir do que se tem disponível.
Entender o contexto que se apresenta e filtrar aquilo que é essencial faz parte do pensamento crítico. Assim, aquilo que não faz sentido pode ser aperfeiçoado ou deixado de lado.
No dia a dia, essa habilidade também permite defender aquilo em que se acredita, sem se deixar levar pela opinião de outras pessoas. Ou seja, há um estímulo à interatividade, à resiliência e à autonomia de pensamento.
Favorece a compreensão de que as frustrações fazem parte da vida. Além de entendê-las, é possível utilizá-las como alavanca para o sucesso. Assim, em vez de desistir dos objetivos, os erros e os problemas são utilizados para alcançar aquilo que se deseja.
Vale a pena reforçar que a perseverança tem uma relação direta com a resiliência. Ou seja, para insistir naquilo que se quer, é importante ter jogo de cintura para encontrar alternativas.
Permite que o aluno seja mais ativo e autônomo, tendo um papel central no seu processo de ensino-aprendizagem. Nesse caso, o professor se torna um direcionador, uma espécie de guia para o próprio estudante encontrar o seu caminho.
Na prática, a proatividade depende da autoconfiança. Sem ela, a pessoa pode se sentir insegura para agir diante de um problema. Então, é importante que seja capaz de entender suas responsabilidades e entregar um pouco além daquilo que é solicitado.
Todo o desenvolvimento das habilidades socioemocionais passa pela relação entre educação afetiva e aprendizagem. Essa é uma maneira de garantir uma formação integral dos indivíduos, especialmente quando trabalhadas em conjunto com os aspectos cognitivos.
Dentro desse contexto, existem vários benefícios em aprender a lidar com os conflitos e as adversidades. O aluno se torna mais bem preparado para encontrar soluções e achar alternativas.
Além disso, ele será um profissional mais completo no futuro, com possibilidade de se destacar justamente por suas habilidades sociais e emocionais. Ainda existem outras vantagens. Confira as principais.
O relacionamento interpessoal é um dos principais benefícios das habilidades socioemocionais.
Elas estimulam o respeito ao outro e o sentimento de empatia. Além disso, favorecem a chamada escuta ativa, em que se realmente presta atenção ao que o seu interlocutor fala.
Ao mesmo tempo, essa característica contribui para a cooperação e a resolução de conflitos. O resultado é a maior sociabilidade. No futuro, isso surtirá efeitos positivos no mercado de trabalho para jovens, que podem ocupar posições de liderança.
Quando o estudante desenvolve suas habilidades socioemocionais, consegue se controlar diante das dificuldades. Ou seja, ele domina suas emoções e impulsos, evitando reações automáticas e negativas perante as situações.
Na prática, ele se torna mais sociável e consegue exercer a empatia. Dessa forma, encontra alternativas viáveis para cada um dos problemas que aparecem.
O respeito ao outro passa pela empatia, isto é, pela capacidade de se colocar no lugar do outro. Ao ter essa habilidade, o aluno toma decisões mais responsáveis e que não prejudicam outras pessoas. Assim, deixa de ser egoísta e de pensar somente em si mesmo — algo natural durante o período da educação infantil.
Essa habilidade socioemocional está diretamente relacionada à empatia. Afinal, quando há mais consciência social, os indivíduos consideram as perspectivas alheias. Assim, o estudante aprende a respeitar e a compreender as normas sociais e os princípios éticos de comportamento.
Da mesma forma, ele reconhece o apoio da família, da escola e da comunidade, assim como os recursos disponibilizados por esses âmbitos. Isso o torna mais grato por tudo o que tem e que recebe ao longo do seu aprendizado.
O aluno que desenvolve suas habilidades socioemocionais absorve melhor os conteúdos e internaliza o conhecimento de forma adequada. Isso acontece porque ele tem mais autonomia, aumento de capacidade do pensamento crítico e criatividade.
Isso justifica porque alguns estudantes seguem um caminho positivo na vida, enquanto outros não. Afinal, eles aprendem a ter resiliência e a encontrar a melhor alternativa diante do desafio apresentado.
Para aumentar seu autoconhecimento, a pessoa que desenvolve suas competências socioemocionais consegue entender e administrar os sentimentos. Mais do que isso, reconhece suas potências e seus limites.
Ou seja, sabe até onde pode ir para se manter no controle, mesmo diante de incertezas, problemas e desafios. Por sua vez, o indivíduo tem autoconfiança, sabe se autoavaliar e tem responsabilidade. Com isso, adota uma postura de criticidade, uma comunicação precisa e mais consciência nas tomadas de decisão.
O bullying é um problema significativo, principalmente na escola. Com o desenvolvimento dessas habilidades, o aluno aprende a se posicionar diante desse problema, seja vítima, seja expectador. De toda forma, nunca adota a postura de agressor.
Além disso, todos passam a compreender melhor a importância de evitar o bullying. Muito disso é derivado da empatia, da cooperação e do próprio pensamento crítico.
Assim, as habilidades socioemocionais são fundamentais para a escola e a formação integral do indivíduo. Elas trarão impactos a toda a vida do aluno, que se tornará mais preparado para suas relações sociais e também para o mercado de trabalho.
Diante disso, fica claro que existe a necessidade de alterar o modelo de educação tradicional para incentivar essas competências.
Gostou desse assunto e quer saber mais sobre essa mudança necessária? Entenda o que é educação afetiva e por que ela é fundamental para o processo de aprendizagem.
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